1984, o Grande Irmão e a Inteligência Artificial
Temos hoje alguns desafios com as tecnologias que nos cercam, em especial a inteligência artificial. George Orwell, em 1984, sem dúvida uma obra que jamais deve ser esquecida pela humanidade, provoca nossa reflexão sobre como o autoritarismo pode levar uma sociedade à ruptura dos valores de liberdade.
O livro nos apresenta um mundo em que um governo extremamente ditatorial e centralizador vigia constantemente a vida e até as emoções da população. Essa distopia começa a ter paralelos assustadores com a nossa realidade ao analisarmos os meios dos quais o Grande Irmão manipula, vigia e define os hábitos dos seus subordinados.
Outro cientista inglês, o famoso Stephen Hawking, em uma das suas últimas palestras vivas, evento esse que tive o orgulho de estar lá presente, comentava que perante a inteligência artificial, podemos estar diante de duas faces da humanidade.
A face da compaixão que mostraria novos caminhos para vivermos em harmonia ou a pior face que poderíamos ver do ser humano. A face que devastaria a forma como vivemos promovendo miséria, fome e desemprego.
Afinal, qual mundo queremos? O mundo do Grande Irmão que tudo monitora e que leva gradualmente, como no livro, todos os cidadãos à loucura e a aniquilação, vivendo miseravelmente apenas para defender o poder de poucos ou criarmos uma sociedade onde a abundância seja o lema e a palavra-chave da vida?
Bem, as respostas não são simples, e eu quero ajudá-lo a partir dos pontos que expus a pensar como enquanto partícipes deste momento do mundo, podemos contribuir para aproveitar o melhor da inteligência artificial e ajudar o mundo a distanciá-la do Grande Irmão.
Venha comigo neste momento de reflexão, e não esqueça de assistir o vídeo em nosso canal no YouTube, que complementa este artigo.
Boa leitura e deixe seu comentário.
A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
A inteligência artificial já faz parte do nosso dia a dia . Da seleção de músicas do Spotify a seleção do Netflix ou ainda o Waze, ela está em quase tudo que tem inteligência para nos ajudar a escolher algo.
Essa talvez seja a face mais dócil desta tecnologia que tem ganho a muito tempo inteligência para ficar mais assertiva.
Assim como uma criança que ao crescer faz novas ações de forma independente, o mesmo ocorre com a inteligência artificial. Ela tem sido alimentada com nossos hábitos de consumo e escolha e hoje conhece nossa vida mais que ninguém.
O medo que tem se aproximados de nós é que ela não fique apenas nas escolhas ou sugestões mas que comece efetivamente a fazer tarefas que nós fazemos e ocupe de forma definitiva nossa posição.
Saiba que isso não é uma lenda ou um futuro distante. Dependendo do que estamos falando, isso pode ocorrer logo mais em nossa vida.
É o caso por exemplo dos artigos e dos textos que lemos. Esse texto está sendo escrito por mim, Benício Filho, mas quem pode garantir que outros conteúdos que você está lendo não esteja sendo escrito por uma inteligência?
O problema é que talvez não percebamos as diferenças entre os textos e neste ponto é que começa a ficar complicado o controle.
A DEPENDÊNCIA DA ÉTICA HUMANA PARA O USO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
A tecnologia já está acessível e assim, poderemos ver uma enormidade de pessoas desempregadas justamente porque ferramentas de inteligência artificial estão fazendo o que humanos deveriam fazer.
Se o espaço de controle para o uso for do ser humano, estamos em maus lençóis. Já provamos por todos os cantos que não somos capazes de lidar bem com a liberdade.
Abusamos dela e em nome do lucro ou do nosso bem, negligenciamos o que é melhor para o coletivo.
Assim, na visão do autor George Orwell, o Grande Irmão acabou se tornando onipresente. Quando poucos têm o poder, o final da história é fácil de deduzir.
Opressão, medo, negligência e morte. Este é o fim. Veja, eu sou otimista, mas o que estamos diante de nós é de um enorme dilema.
Ou criamos leis que restrinjam o poder e o acesso da inteligência artificial ou veremos a pior face da humanidade.
Tenho certeza de que assim como eu, você não quer estar vivo para ver nossa pior face. Ela já foi provada ao longo da história, e desta maneira, prefiro ajudar a humanidade a criar controles para esta tecnologia que pode sim, abrir novos campos e melhorar efetivamente nossa vida.
NO MARKETING DIGITAL, O HUMANO É O DIFERENCIAL
No digital, você pode humanizar sua comunicação criando assim uma versão humana da sua empresa que se conecta com muito mais sensibilidade ao seu cliente, fornecedor e com o mundo.
Nada está perdido, muito pelo contrário, somos agentes históricos e nós é que podemos mudar o mundo. Minha sugestão? Comece por você, criando comunicação de forma humana e valorizando não apenas no digital mas em tudo que sua empresa toca os valores genuinamente humanos.
Tenha certeza de que nos da Black Beans podemos ajudá-lo a criar sua melhor versão, lembrando que nós também, somos humanos e queremos com você, construir esta nova versão do mundo em que vivemos.
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Forte abraço e até nosso próximo encontro.
Sobre o autor,
Benício Filho – Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC SP, e Filosofia pela universidade Dom Bosco, Mestre pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação, MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios, pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, Sócio da Core Angels Atlantic (Fundo de Investimento Internacional para Startups), sócio fundador da Agência Black Beans, e sócio fundador da Atlantic Hub e do Conexão Europa Imóveis ambos em Portugal, atua como empresário, escritor e pesquisador das áreas de empreendedorismo, mentoring, liderança, inovação e internacionalização. Em dezembro de 2019, lançou o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas”, em dezembro de 2020 seu segundo “Do Caos ao Recomeço”, e em janeiro de 2022 o último publicado “Metamorfose Empreendedora”.