Como fazer marketing no metaverso
O Metaverso dominou nossas conversas e bate-papos nos últimos meses. Ele o Metaverso começou a ser visto quase que como uma nova parte do mundo.
Lembro quando os filmes de realidade alternativa começaram a ser apresentados ao mundo. Quanta surpresa eles causaram!
Os jogos de computador foram os grandes responsáveis em consolidar este caminho do meio do Metaverso e disso não há a menor dúvida. Nos jogos, podemos há muito tempo ter vidas paralelas.
Quando, com estrondo, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou que o nome da sua empresa mudaria de nome, muita gente ficou pensando o porquê desta mudança. De Facebook, ele agora passaria a se chamar Meta, em referência ao chamado Metaverso. Empresas gigantes e iniciantes, logo começaram a iniciar suas atividades no Metaverso.
O que era uma possibilidade, é preconizado agora como realidade. Será mesmo que conseguiremos viver este novo mundo, sem perder a vida no mundo real?
Bem, desafios à parte, neste artigo aprofundo alguns conhecimentos sobre o Metaverso. Convido você a caminhar comigo nesta jornada rumo ao Metaverso, mas perder sua vida.
BLACK MIRROR E O METAVERSO
Black Mirror é uma série de televisão britânica, antológica, de ficção científica, criada por Charlie Brooker e centrada em temas obscuros e satíricos que examinam a sociedade moderna, particularmente a respeito das consequências imprevistas das novas tecnologias.
Com pouco mais de vinte episódios e estrelada na televisão inglesa em 2011, ela causou polêmica em quase todos os seus relatos.
Disponível na íntegra no Netflix, é uma boa dica para um aprofundamento do mundo em que vivemos. O que era ficção na série, hoje é a mais pura realidade.
O episódio “Striking Vipers” é o primeiro episódio da quinta temporada da antologia Black Mirror. Neste episódio, temos a oportunidade de ver como os games já preconizam a vida no Metaverso.
No mundo da ficção, eles literalmente estão migrando para a troca de sentimentos e a experiência de viver em um conceito que de real não tem nada.
Neste novo mundo virtual, o que hoje é apenas uma possibilidade, deve caminhar em breve para uma nova realidade.
Se é fato que para os jogos e para muitas empresas como vimos o próprio Facebook creditam o futuro ao Metaversos, como estamos, diante dos nossos negócios, encarando este novo desafio que deve mudar completamente o mercado?
Talvez mudar o mercado nem seja a melhor forma de olhar o Metaverso. Acredito que um novo mercado é o que estamos assistindo nascer.
Com ele, possibilidades e medos. Sua empresa está preparada para fazer Marketing no Metaverso?
Bem, é sobre isso que vamos agora entender. O que é realmente possível fazer no Metaverso, neste momento.
MARKETING NO METAVERSO
Muitas empresas já estruturaram ações no Metaverso e consistentemente têm efetuado ações para vender seus produtos e consolidar posições neste novo universo.
- O Boticário inaugurou sua loja no Metaverso, em um shopping construído na plataforma, por uma empresa privada, onde recebeu mais de um milhão de visitas.
- A empresa IKEA vende móveis no Metaverso, mobiliando as casas que os usuários estão construindo e vivendo.
- A Gucci, lançou uma coleção de moda completa no Metaverso e vendeu quase a totalidade a usuários que foram convidados para avaliar, comentar e comprar suas peças.
O Marketing no Metaverso parte dos pressupostos da imersão e experiência. Como comentei em relação aos jogos, tudo que é possível utilizar e usar no mundo físico, pode ser lançado e vendido no Metaverso.
Como você tem enxergado a construção do seu posicionamento de marketing no Metaverso?
O cuidado que você deveria estar tomando ao pensar em fazer marketing no Metaverso é fazer uma reflexão verdadeira de como tem sido seu posicionamento de marketing no mundo real.
Sua comunicação no mundo real deve conter a verdade da sua empresa em relação a valores, propósito e oferta de valor.
No Metaverso, temos mais externalizadas as dores daqueles que vivem como esquizofrênicos. No mundo real há um posicionamento e no mundo virtual outro. Isso é esquizofrenia e cai por terra, tanto no mundo real como no Metaverso.
REGRAS PARA SUA EMPRESA NÃO SER ENGOLIDA PELO METAVERSO
Primeiro, utilize apenas as redes sociais mais relevantes para sua empresa. Não se encante com tudo que vê pela frente ou com movimentos que não fazem sentido para sua proposta de valor ao mundo. Tudo é possível, mas nem tudo convém.
Segundo, tenha foco após definir uma estratégia de comunicação. Os resultados em qualquer meio levam tempo. Dois a três meses normalmente são apenas para começar a performar. Esteja preparado para o tempo necessário para realmente alcançar os resultados desejados.
Terceiro, ouça opiniões de fora da sua empresa sobre os locais que gostariam de ver sua marca presente. Entender o que seu cliente deseja é fundamental. Não faz sentido estar presente em uma rede para apenas se mostrar lá. A pergunta sempre deveria ser a seguinte: O que queremos com este posicionamento?
Quarto, a relevância vale muito mais que quantidade no mundo digital. Poste e compartilhe apenas o que vale a pena ser lido e consumido. Sua presença nas redes escolhidas devem gerar valor para quem recebe sua comunicação.
Quinto, o marketing se tornou um ativo em nossas vidas. Quase tudo com que nos relacionamos hoje no mundo real e digital passa pelo marketing. Não tenha ilusão. Esteja acompanhado de empresas que podem ajudá-lo neste processo.
Aquele amigo que quebra galhos em seu marketing ou aquele freela que faz as artes para postar é tudo menos alguém estratégico.
Sua empresa virtual deve ter a mesma seriedade da empresa física. Se entrar no Metaverso é um caminho para seu negócio, ouça isso de quem sabe e não de curiosos.
ESQUEÇA O MARKETING DO DESESPERO
Talvez você não tenha entendido de cara o que é o marketing do desespero. Mas saiba que na maioria das empresas esta é a única estratégia.
Campanhas são criadas apenas porque um determinado movimento ou notícia surgiu na mídia. A regra é a ausência de regras ou o modismo.
Quando analisamos o marketing de algumas empresas que nos procuram, surgem tantas questões que frequentemente nos perguntamos porque a ausência de planejamento ainda impera no universo das empresas.
O mais latente é que a alta direção de empresas, que até podem ser definidas como de grande porte, ainda não perceberam a importância de ter um trabalho sério em seu marketing.
Muitas até investem expressivos valores, mas sem planejamento ou estratégia.
Ter os parceiros certos, pode ser o controle na torneira aberta de recursos, que hoje você tem em sua empresa.
Lembre-se, o que parece mais fácil, pode não ser o melhor. Para fazer marketing no mundo real e no Metaverso, conte com quem sabe o que está fazendo.
Forte abraço e até o próximo conteúdo.
Sobre o autor,
Benício Filho – Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC SP e Filosofia pela Universidade Dom Bosco, com MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios, pós-graduado em Vendas pelo Instituto Venda Mais, mas também, Mestrando pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação e pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, Cofundador da Palestras & Conteúdo, Sócio da Core Angels (Fundo de Investimento Internacional para Startups), sócio fundador da Agência Black Beans, sócio fundador do Conexão Europa e da Atlantic Hub (Empresa de Internacionalização de Negócios em Portugal), atua também como Mentor e Investidor Anjo de inúmeras Startups (onde possui cerca de 60 Startups em seu Portfólio), participa ativamente de movimentos do SEBRAE Nacional e de Sebraes regionais. Palestrando desde 2016 sobre temas como Cultura de Inovação, Cultura de Startups, Liderança, Empreendedorismo, Vendas, Espiritualidade e Essência, já esteve presente em mais de 600 eventos. É conselheiro do ITESCS (Instituto de Tecnologia de São Caetano do Sul), bem como em outras empresas e associações. Lançou em dezembro de 2019 o seu primeiro livro “Vidas ressignificadas”, em dezembro de 2020 o segundo “Do caos ao recomeço”, em 2021 o terceiro “Os nove sinais de mudança que comprovam que o cliente não quer mais sua empresa” e em 2022 o quarto “Metamorfose empreendedora”.